Tiro no pé: Queiroga ataca governadores e atinge em cheio Bolsonaro
Na ânsia de agradar seu ‘chefe’, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, voltou a passar vexame nacional. Em entrevista concedida nesta quarta-feira (29), o médico paraibano mirou sua artilharia em direção de governadores contrários à prescrição médica para vacinar crianças de 5 a 11 anos contra Covid-19. Só que o tiro saiu pela culatra e ele acabou atingindo em cheio o atual inquilino do Palácio da Alvorada.
“Para tudo tem uma prescrição. Pelo que eu saiba, a grande maioria deles (governadores) não são médicos, né? Então, eles estão interferindo nas suas secretarias estaduais e municipais”, disparou Dr. Queiroga, sem se tocar que seu ‘chefe’, o capitão Bolsonaro, foi disparadamente o brasileiro que mais prescreveu medicamentos sem ser da área médica ao longo da pandemia do novo coronavírus.
Talvez Dr. Queiroga tenha esquecido que, graças as ‘prescrições’ de seu ‘chefe’, a venda de medicamentos comprovadamente sem eficácia contra a Covid disparou no Brasil de 2020 pra cá.
E teve gente que lucrou muito vendendo Cloroquina e Ivermectina – dois dos remédios mais propagandeados pelo capitão Bolsonaro nesta pandemia.
Para se ter ideia da dinheirama gasta pelos brasileiros com remédios do chamado ‘kit Covid’, um levantamento feito em julho pela Folha de S.Paulo mostra que o faturamento de sete empresas (EMS, Farmoquímica, Momenta Farmacêutica, Abbott, Sandoz, Cristália e Supera Farma), apenas com esses medicamentos, foi de R$ 482 milhões de janeiro de 2020 a maio de 2021.
É por essas e outras que a cada dia o ‘filme’ do Dr. Queiroga se queima mais entre os médicos brasileiros. Resta saber se desta vez o ‘filme’ do ministro paraibano ficará queimado também com o ‘chefe’.