Governo de Israel anuncia 4ª dose contra Covid para idosos e equipes de saúde
O primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, disse neste domingo (2) que o país passará a oferecer a quarta dose da vacina contra a Covid-19 a pessoas com mais de 60 anos e aos médicos, que enfrentam um aumento nas infecções por conta da variante Ômicron.
Israel aprovou na semana passada uma quarta dose da vacina desenvolvida pela Pfizer/BioNTech como um segundo reforço para pessoas com imunidade comprometida e idosos que vivem em casas de repouso.
“Agora temos uma nova camada de defesa”, disse Bennett em entrevista coletiva televisionada, acrescentando que o principal oficial médico do governo de Israel, cuja permissão é necessária para expandir a campanha de reforço, aprovou a última medida.
“Israel será mais uma vez pioneiro no esforço global de vacinação”, disse Bennett.
Anteriormente, o diretor geral do Ministério da Saúde, Nachman Ash, disse que Israel poderia atingir imunidade coletiva com o aumento das infecções pela Ômicron e a aprovação da pílula antiviral de molnupiravir da Merck & Co para uso em pacientes com coronavírus com mais de 18 anos.
A imunidade de rebanho é o ponto em que uma população fica protegida de um vírus, seja por vacinação ou por pessoas que desenvolveram anticorpos ao contrair a doença.
A variante Ômicron, altamente transmissível, causou uma onda de casos de coronavírus, com infecções em todo o mundo atingindo um recorde, com uma média de pouco mais de um milhão de casos detectados a cada dia entre 24 e 30 de dezembro, mostraram dados da Reuters.
As mortes, no entanto, não aumentaram no mesmo grau, elevando as esperanças de que a nova variante seja menos letal, uma visão que Bennett também ecoou ao descrever o segundo reforço como uma tentativa de prevenir doenças graves entre os idosos.
Os casos diários em Israel devem atingir níveis recordes nas próximas três semanas. Bennett disse que em breve até 50 mil pessoas podem ser infectadas a cada dia, enquanto a elegibilidade para o teste pode ser reforçada para ajudar a aliviar as longas filas nas estações de teste.
“Os números (de infecção) terão que ser muito altos para alcançar a imunidade coletiva”, disse Ash à Rádio 103 FM anteriormente.
“Isso é possível, mas não queremos chegar por meio de infecções, queremos que aconteça a partir da vacinação de muitas pessoas”.
O chefe da força-tarefa de coronavírus do ministério da saúde, Salman Zarka, explicou que a imunidade coletiva estava longe de ser garantida, porque a experiência nos últimos dois anos mostrou que alguns pacientes com Covid-19 que se recuperaram foram posteriormente reinfectados.
O ministério da saúde de Israel afirma que cerca de 60% de sua população de 9,4 milhões está totalmente vacinada, quase todos com a vacina Pfizer-BioNTech, o que significa que eles receberam três doses ou recentemente tomaram a segunda.
Apesar disso, milhares de pessoas elegíveis para uma terceira injeção ainda não a fizeram.
Nos últimos 10 dias, as infecções diárias mais do que quadruplicaram. Os casos graves também aumentaram, mas em uma taxa bem menor, passando de cerca de 80 para cerca de 100.
Da CNN Brasil