Após audiência, Fiji Solutions tem novo prazo para realizar pagamentos; promotor diz que caso não se assemelha ao da Braiscompany
Após a reunião realizada pelo Ministério Público com os sócios da Fiji Solutions nesta sexta-feira (24), para solucionar os problemas de atraso dos pagamentos aos clientes.
O promotor que está a frente do caso, Sócrates Agra, informou que haverá um novo prazo de 96 horas para o pagamento.
Na audiência que aconteceu em Campina Grande, compareceram Breno Azevêdo diretor financeiro da empresa, e a diretora executiva, Emilene Marilia Lima. O proprietário da empresa, Bueno Aires enviou um advogado e participou de forma online.
Antemão o promotor informou que o caso da FIJI é um caso completamente diferente do caso Brascompany, pois, os sócios têm feito questão de expor com transparência o problema, fazendo de tudo para solucionar.
O Ministério Público irá emitir uma nota oficial sobre a audiência de hoje.
O caso
Segundo o MP, durante o depoimento inicial, um dos sócios ratificou que estaria com problemas técnicos para autorizar repasses aos clientes, mas apresentou documentação que comprovaria que a empresa dispõe de fundos e liquidez para saldar os compromissos com os investidores.
“Recomendamos que a empresa empreenda – por todos os meios legais necessários – todas as tratativas junto à Kucoin para solução da demanda existente e pagamento aos clientes, no prazo de 72 horas, e que comprove, ao Ministério Público, todos os atos realizados para solução da problemática existente, e que apresente cópia dos documentos pessoais dos sócios da empresa (Identidade, CPF e Passaporte). Continuaremos acompanhando essa e outras situações envolvendo empresas de criptomoedas atuando na região a fim de garantir, no que couber ao Ministério Público, os direitos dos consumidores”, explicou Sócrates Agra.
Os sócios da empresa também foram advertidos de que, na hipótese de não atendimento ao que foi recomendado, o MP-Procon poderia adotar providências administrativas e judiciais cabíveis, entre elas o ajuizamento de ação civil pública contra diretores e administradores, aplicação de multas (Art. 56, I, CDC) e interdição das atividades do estabelecimento.
O novo caso ocorre na esteira de outro escândalo: o da Braiscompany, suspeita de irregularidades no repasse de aluguel de criptoativos a milhares de investidores. Os proprietários da empresa, Antônio Neto Ais e Fabrícia Campos são considerados foragidos.