Daniella Ribeiro é cotada para assumir vaga no Tribunal de Contas da União
A expectativa para a próxima indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Supremo Tribunal Federal (STF) fez com que as negociações sobre possíveis novos cargos disponíveis se intensificassem. E, como em política não há espaço vazio, já circulam em Brasília nomes de cotados para assumir a vaga do ministro Bruno Dantas no Tribunal de Contas da União (TCU), caso ele seja o ungido por Lula para o STF.
Entre os nomes, segundo matéria do Estadão, está o da senadora paraibana Daniella Ribeiro, presidente estadual do PSD na Paraíba. O outro cotado é o do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que assim como a parlamentar, possui mandato até o ano de 2027.
Atual presidente do TCU, Dantas é hoje o preferido dos aliados de Lula para ocupar a cadeira de Rosa Weber, que comanda o Supremo e vai se aposentar no fim deste mês. Mas ele enfrenta dois adversários competitivos: o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, favorito da cúpula do PT, e o titular da Justiça, Flávio Dino, bem avaliado por ministros do STF como Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes.
Segundo a imprensa nacional, o único fator que estaria pesando em desfavor da senadora é o fato dela ser da Paraíba, uma vez que a Corte de Contas já abriga um paraibano, o ex-deputado federal Vital do Rêgo Filho, o Vitalzinho, em um de seus assentos. Já um ponto muito favorável para Daniella vem da representatividade feminina, inexistente na Corte de Contas desde a aposentadoria de Ana Arraes.
Já para Pacheco, a variável eleitoral tem forte peso. A hipótese mais provável até agora é que ele dispute o governo de Minas, em 2026, com o apoio de Lula. Há ainda quem defenda, nos corredores do Congresso, uma “operação casada” para emplacar Dantas no STF e o presidente do Senado no TCU.
Aliados de Pacheco não acreditam, no entanto, que ele queira ir para o TCU. Nem que seja possível, politicamente, “segurar” a vaga na Corte até perto do fim do seu mandato, ou seja, por mais três anos. Se Pacheco topasse abrir mão do mandato como senador antecipadamente, a espera poderia ser menor – ou seja, aguardaria apenas o término do mandato como presidente do Senado, ao final de 2024.