CRM-PB e SIMED convocam autoridades para discutir segurança dos profissionais de saúde

O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) e o Sindicato dos Médicos da Paraíba (SIMED PB) convocaram autoridades para discutir medidas que possam garantir a segurança dos profissionais de saúde em seus locais de trabalho. Apenas no último mês de agosto, foram registrados quatro casos de agressão a estes profissionais, em João Pessoa, Bayeux e Patos.

A reunião será realizada de forma online, nesta quinta (4), às 10h, e foram convidados representantes da Secretaria de Segurança da Paraíba, Guarda Municipal de João Pessoa, Ministério Público da Paraíba, Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba, Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa, Assembleia Legislativa da Paraíba, Câmara Municipal de João Pessoa e Conselho de Secretarias de Saúde Municipais da Paraíba (COSEMS-PB).

O presidente do CRM-PB, Bruno Leandro de Souza, ressalta que os profissionais de saúde não devem ser responsabilizados pelas falhas do sistema de saúde. “Quando a violência chega ao médico, ela já atingiu outros trabalhadores da área, como maqueiros, recepcionistas, técnicos de enfermagem. A violência contra qualquer pessoa é inadmissível. A população precisa apoiar o seu médico, fazer dele um aliado e não responsabilizá-lo pelas falhas no atendimento”, afirmou.

Ele ainda acrescenta que o objetivo da reunião com as autoridades é discutir soluções concretas, medidas preventivas e estratégias de atuação rigorosa frente aos responsáveis por tais ocorrências.

Resolução do CFM – Nesta terça-feira (2), o Conselho Federal de Medicina publicou no Diário Oficial da União a Resolução nº 2.444/25 que estabelece medidas para conter estes casos de agressão. Conforme a Resolução, as unidades de saúde devem ter controle de acesso, videomonitoramento em áreas comuns e protocolos de resposta imediata a situações de violência. Ela também obriga o diretor técnico a notificar agressões sofridas por médicos ao Conselho Regional de Medicina (CRM), à autoridade policial e ao Ministério Público.