Caso Marielle Franco: delator aponta participação de bicheiro em assassinato
Em delação premiada, o ex-policial militar do Rio de Janeiro, Élcio Vieira de Queiroz, apontou a participação do grupo liderado pelo contraventor Bernardo Bello no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes. Queiroz fechou um acordo de delação premiada que motivou uma operação da Polícia Federal (PF) para investigar o caso Marielle.
Queiroz também deu o nome de um suposto responsável por contratar o ex-policial militar Ronnie Lessa, apontado pelas investigações como o assassino de Marielle e Anderson. O delator citou que o suposto contratante do crime foi o policial militar Edimilson Oliveira da Silva, conhecido como “Macalé”, assassinado em novembro de 2021. Queiroz disse ainda que a arma usada para matar Marielle foi desviada do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), chamada de “tropa de elite” da Polícia Militar do Rio de Janeiro.
Em um dos depoimentos, Queiroz declarou que “apareceu também celular” para Ronnie Lessa e ele achou “estranho aquele celular aparecer pra ele”. Segundo o delator, Lessa “costumava andar com celular de última geração” e o aparelho novo era um smartphone “feio”. “Eu perguntei e ele falou que era de uma pessoa que tinha fornecido pra ele”, relatou Queiroz.