Caravana Interatos chega Monteiro e Baía da Traição com oficina e espetáculos de teatro
A programação da Caravana Interatos chega duas cidades paraibanas nesta semana. A primeira parada é em Monteiro, que nesta quarta e quinta (8 e 9) recebe a Oficina de Iniciação da Iluminação Teatral, ministrada por João Batista Gomes da Silva. Na sexta-feira (10), às 20h30, o Coletivo de Teatro Alfenim apresenta o espetáculo ‘Helenas’, no Teatro Municipal Jansen Filho. No sábado (11), às 19h, o público de Baía da Traição poderá assistir à apresentação da Cia Boca de Cena Teatro de Bonecos com a peça ‘Tem Boi no Algodão’, no teatro da Escola Municipal Antônio Azevedo.
A programação é completamente gratuita (realizada pelo Governo do Estado da Paraíba, através da Fundação Espaço Cultural da Paraíba – Funesc) e conta com apoio das prefeituras de Monteiro e Baía da Traição.
Os artistas participantes foram selecionados por meio de edital. Desde a abertura, que aconteceu no dia 14 de abril, a Caravana Interatos já passou pelas cidades de Pedras de Fogo, Duas Estradas, Solânea, São Mamede, Monte Horebe, Poço Dantas, Serra Grande e Esperança. Até 2 de julho, data do encerramento, o projeto também leva espetáculos e oficinas aos municípios de Ouro Velho e São João do Rio do Peixe.
Oficina de iniciação da iluminação teatral – O plano de aula traz o princípio básico da iluminação teatral; a história da iluminação no teatro; o início para um aprendizado de plano de luz (do início da leitura do texto à estreia do espetáculo); como usar as cores primárias e secundárias na iluminação (verde, vermelho, azul, amarelo); o prisma das cores. A aula prática compreende o princípio básico da iluminação: tipos de refletores, afinação de refletores, montagem do plano de luz, programação da mesa e operação do espetáculo.
Espetáculo ‘Helenas’ – Com dramaturgia de Márcio Marciano e direção de Paula Coelho, o Coletivo de Teatro Alfenim apresenta seu mais novo espetáculo Helenas. A encenação parte da leitura de “Minha vida de menina”, diários de Helena Morley, pseudônimo de Alice Caldeira Brandt, que viveu em Diamantina (MG) no final do século XIX. A peça, voltada para o público infanto-juvenil, retrata impressões registradas no diário de uma adolescente, entre seus 13 e 15 anos de idade. Apesar de tratar-se de acontecimentos de infância vividos num ambiente rural em vias de precária urbanização, o olhar de encantamento e ironia com que a menina Helena descreve suas descobertas confere à narrativa extrema atualidade. Raça, gênero, crença, educação, bem como o lugar da mulher numa sociedade patriarcal, são abordados através do olhar ao mesmo tempo inocente e desafiador de uma menina que não se prende às regras ou estereótipos de comportamento.
Ficha técnica: Elenco – Édson Albuquerque, Mayra Ferreira, Murilo Franco e Vítor Blam | Cenografia e figurinos: Maria Botelho | Painel de fundo: Giga Brow | Iluminação: Ronaldo Costa | Design Gráfico: Patrícia Brandstatter | Preparação vocal: Mayra Ferreira | Oficina de preparação corporal: Dudu Galvão | Costureiras: Maria Célia dos Santos e Rosângela Pereira Freitas | Pesquisa e composição musical: Joseph Cavalcante, Márcio Marciano, Mayra Ferreira, Murilo Franco, Paula Coelho e Vítor Blam | Dramaturgia: Márcio Marciano | Direção: Paula Coelho | Produção executiva: Gabriela Arruda | Administração: Adriano Cabral | Realização: Coletivo de Teatro Alfenim
Espetáculo ‘Tem boi no algodão’ – Inspirado na cultura nordestina o espetáculo leva o público a se divertir e conhecer universo cômico do boneco popular paraibano, o babau, com suas toadas de forró e coco de roda. Sua narrativa popular traz a cena, de forma lúdica e ficcional elementos que remontam a vida do homem do campo no Nordeste do Brasil, com seus conflitos cotidianos, paixões e romances. O Negro Benedito e o Capitão João Redondo são os personagens centrais da trama. Capitão é o dono de uma fazenda de algodão, sendo considerado o homem mais rico e poderoso daquele lugar, mas acaba sendo ludibriado por seu vaqueiro, o astuto Benedito, que foi contratado pelo Capitão para cuidar da plantação e dos bichos e acaba roubando o coração de sua filha Rosinha. O pano de fundo dessa trama conta com uma riqueza natural característica de nosso estado, que se tornou um símbolo cultural e artístico do povo paraibano – o algodão colorido.
Ficha Técnica: Roteiro e Direção – Artur Leonardo | Manipulação de bonecos – Artur Leonardo, Amanda Viana e José Valério | Cenários e Adereços – Artur Leonardo, Amanda Viana e José Valério | Tempo de duração média do espetáculo – 50 Minutos.
Secom