CALOTE: BraisCompany abandona escritórios em Fortaleza e deixa centenas de desempregados
A digitalização do mercado financeiro e o surgimento de uma variedade de criptoativos, além de aumentar exponencialmente o leque de oportunidades para investidores, também tem aumentado as possibilidades de golpes.
Nas últimas semanas, uma empresa com filiais instaladas em Fortaleza vem sendo alvo de acusações e investigações por suposto golpe de pirâmide financeira.
A BraisCopany é uma empresa paraibana que, segundo o site institucional, é a maior gestora de criptoativos da América Latina, e oferece serviços de soluções em blockchain, gestão de criptoativos e treinamentos.
O suposto golpe seria referente justamente à gestão de criptoativos. Nesse atendimento, a empresa gere “o patrimônio digital dos nossos clientes com segurança, consistência e seriedade”, conforme a descrição do site. “Nosso time de traders estão trabalhando constantemente para alcançar os melhores resultados possíveis”.
O BraisCopany possui cerca de 10 mil investidores e escritórios em sete cidades do Brasil, incluindo Fortaleza, João Pessoa (PB), Cuité (PB), Campina Grande (PB), Monteiro (PB), Recife (PE) e São Paulo (SP).
Conforme o balanço contábil de 2022 divulgado pela própria empresa aponta que a companhia possuía R$ 774 milhões na carteira de locação de criptoativos, o que demonstra que este deva ser o valor aproximado de dinheiro dos clientes que a BraisCompany tem em posse.
Os próprios funcionários da empresa não sabem exatamente o que dizer para os clientes que estão procurando respostas para o problema.
Os advogados da empresa enviaram aos trabalhadores um comunicado orientando que eles procurem assistência jurídica, além de recomendar a suspensão de publicações nas redes sociais e assinaturas de novos contratos.
Conforme explicações dos advogados da empresa, uma vez que os fundadores da BraisCompany são considerados foragidos da Polícia Federal, a empresa ão teria “diretores aptos a responder indagações administrativas”.
Os profissionais também esclarecem que não podem afirmar nada sobre o futuro da empresa, já que não receberam nenhuma demanda para darem entrada em recuperação judicial ou falência.