Após admitir privatização da Cagepa, Pedro reafirma intenção de reduzir orçamento da ALPB caso eleito governador
Em entrevista à imprensa o deputado federal Pedro Cunha Lima, pré-candidato ao Governo pelo PSDB, voltou a repetir que, se eleito, reduzirá o orçamento da Assembleia Legislativa da Paraíba, hoje de R$ 329 milhões com 36 deputados. Recentemente Pedro, não descartou, durante entrevista a possibilidade de privatizar a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) caso seja nas eleições que se avizinham.
O tucano que se diz contra privilégios afirmou que falta recurso onde é essencial. Ele garantiu que dá, sim, para reduzir o duodécimo dos Poderes. No Brasil, apenas o Rio Grande do Sul conseguiu. “Me incomoda quando alguém chega para dizer: ‘Pedro, pare de dizer isso, que não vai mudar nunca’”, disse destacando que o duodécimo é uma regra de repasse. O valor total, explicou Pedro, é estabelecido pelo Executivo com a aprovação da Assembleia.
“Não está na Constituição que a Assembleia tenha que ter esse orçamento bizarro”, completou. Apesar de estar nos planos do tucano reduzir o repasse do duodécimo, Pedro espera eleger uma maioria na Casa apesar da proposta indigesta.
Privatização da Cagepa – Pedro Cunha Lima (PSDB), não descartou, durante entrevista, a possibilidade de privatizar a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) caso seja nas eleições que se avizinham. “É um tema fundamental. Eu não consigo aceitar que em pleno século 21, no ano de 2022, a gente ainda tenha metade de um estado sem saneamento básico. Eu preciso entregar resultado, preciso de eficiência, e não vou me furtar de buscar a solução mais eficiente para que se tenha esse resultado. Se me perguntarem, Pedro, você vai privatizar a Cagepa? Eu respondo, não sei se esse é o caminho, mas se for, vamos optar por ele”, disse.
O tucano deixou claro que não teme encarar o tema, que para muitos é polêmico, porque se coloca no imaginário popular de que privatizar é ruim, que é tirar a empresa do povo, quando na verdade o que se deve prevalecer são os resultados. “Não existe nenhum receio de ficar contra todo um ambiente que no imaginário muitas vezes coloca isso (privatização) como algo ruim, porque a empresa é do povo. Só que não aceito ter uma empresa que é do povo e o povo não tem saneamento básico. Então a quem ela atende? Eu não vejo eficiência na Cagepa, digo isso abertamente. Espero que a gente consiga ter resultado. Se ela me mostrar que consegue seguir o plano do marco regulatório, se ela mostrar capacidade de investimento, se não tiver alternativa que se mostre mais eficiente, a gente não vai se furtar de fazer esse debate. Todas as opções serão analisadas, inclusive a de privatizar. A gente não tem medo desse debate”, avisou.